É essencial que o produtor aproveite as oportunidades oferecidas pelo período das águas para maximizar a produtividade e o desempenho dos bovinos de corte. 

O período das águas traz consigo diversas oportunidades para a pecuária de corte, permitindo ao produtor planejar suas atividades para maximizar a produtividade. Neste sentido, a implementação de estratégias específicas durante essa fase pode trazer benefícios significativos para o manejo e o desempenho do rebanho. 

Uma delas é a suplementação a pasto no período das águas. Embora no período chuvoso a composição bromatológica da forragem normalmente seja superior, o manejo inadequado pode implicar na redução da quantidade e qualidade disponível, com maior proporção de colmos, baixa densidade de folhas e elevação das frações fibrosas. E mesmo sendo bem manejada, ainda é possível que a quantidade de forragem continue limitando a elevada taxa de lotação da área ou que a forrageira não atenda o requerimento  nutricional  do  animal  para  o  seu máximo potencial de ganho de peso. 

Portanto, a suplementação para animais a pasto é uma estratégia de produção, que por meio do atendimento da demanda dos nutrientes, possibilita a eficiência de utilização do pasto e incrementos  no  desempenho. Nas  águas,  os  suplementos  podem  ser utilizados para otimizar o uso das forragens, aumentar a taxa de lotação, aumentar o ganho de peso dos animais e reduzir o ciclo produtivo.

A  utilização  de  suplementos  contribui  para:

• estimular  o  consumo  de  forragem;
• melhorar  a digestibilidade da dieta e a síntese de proteína microbiana através da utilização da amônia produzida no rúmen;
• fornecer os nutrientes necessários aos animais e;
• maximizar  a utilização dos recursos forrageiros, resultado dos efeitos nutricionais interativos entre consumo de suplemento e forragem. 

Cientistas avaliaram a redução dos níveis de suplementação a medida que a altura de pastejo aumentou:

1) pasto baixo (15 cm) e alta suplementação (0,6% PC: 142 g/kgPB e 18,9 MJ/kg energia bruta); 

2) pasto moderado (25 cm) e moderada suplementação (0,3% PC: 161 g/kgPB e 20,1 MJ/kg energia bruta) ou;

3) pasto alto (35 cm)  sem  suplementação  (somente  mistura  mineral). 

Os  autores  observaram que a  quantidade  de suplemento  fornecido pode  afetar  o  consumo  de  matéria  seca  da forragem, assim, o fornecimento de maior quantidade de suplemento proporcionou redução no consumo de forragem e maior taxa de lotação sem impactar o ganho de peso, resultando em maior produtividade por área. 

Vale destacar que a boa distribuição de suplementos minerais e concentrados para bovinos a pasto em períodos chuvosos também desempenha um papel fundamental na suplementação nutricional dos animais. O uso adequado de um distribuidor de ração, como o Feeder SC ou os misturadores da linha SC, como a Totalmix SC e Rotormix SC, da Casale, contribui para uma distribuição uniforme dos suplementos, evitando a desigualdade de consumo entre os animais e garantindo um bom aproveitamento dos nutrientes. Assim, é possível manter a saúde e o bom desenvolvimento do rebanho, mesmo em condições climáticas desfavoráveis.

O Feeder e a Totalmix SC possuem uma lona retrátil para proteção da ração, fato que torna a suplementação a pasto eficaz em qualquer período do ano. Além da descarga facilitada e sem perdas, através do chupim, os equipamentos possuem eixos projetados para rodagem em longas distâncias e terrenos acidentados. 

Evite a lama em torno dos cochos!

Outro ponto a ser considerado envolvendo a nutrição dos animais é o manejo adequado para evitar a formação de lama em torno dos cochos devido ao acúmulo de água das chuvas, isso, tanto no pastejo como no confinamento. Esse problema pode afetar a saúde e o conforto dos animais, além de dificultar o acesso ao alimento e a água. Para solucionar essa questão, o produtor pode optar por estratégias como a colocação de cascalhos ou até mesmo a mudança de local dos cochos, garantindo uma área mais seca e acessível aos animais. 

Vale destacar que é fundamental que a limpeza do cocho seja realizada regularmente, visando prevenir a proliferação de microrganismos provenientes de resíduos. Além disso, é importante considerar tanto o tipo de animal quanto o suplemento utilizado ao construir essa estrutura.

No caso dos confinamentos em específico, os principais problemas observados nas instalações (que ficam mais evidentes nesta época do ano) são: 

• Má drenagem; 
• Falta de inclinação do terreno; 
• Inclinação a favor do cocho; 
• Espaço linear de cocho insuficiente e; 
• Sombra inadequada. 

No caso da má drenagem, quando ocorrem chuvas no período do confinamento, há a formação de lama, que é um grande inimigo do desempenho animal. O principal problema é quando a lama dificulta o acesso ao cocho e, consequentemente, ocorre a redução do consumo. 

Para evitar isso, o terreno deve ter inclinação e ela deve ser feita no sentido oposto ao cocho, isto é, de forma que ele fique situado na cota mais elevada. Em locais com altas temperaturas, aumenta-se a probabilidade de situações de estresse térmico, pois a lama funciona como um isolante e o animal enlameado tem dificuldade de troca de calor com o ambiente. 

Com relação ao espaço linear de cocho, se for possível dar 50-60 cm lineares/cabeça é o ideal, pois todos os animais, em tese, podem comer ao mesmo tempo e isto praticamente eliminaria a competição por cocho. 

Ainda sobre instalações, a manutenção do curral de manejo também se torna uma oportunidade durante o período das águas. Com a umidade e o aumento das chuvas, é fundamental garantir que as instalações estejam em boas condições, evitando problemas de saúde, prevenindo lesões e facilitando o manejo do gado. Investir na manutenção correta de currais e bretes, por exemplo, é uma ação que pode trazer benefícios a curto e longo prazo para o produtor.

Além desses pontos citados acima no texto, o período das águas é estratégico para o controle de plantas daninhas e a realização da estação de monta, assuntos a serem abordados em uma outra ocasião. 

Acreditando no futuro da pecuária brasileira e com toda a sua experiência de 60 anos, a Casale não mede esforços para trabalhar em prol de uma produção animal mais eficiente e que seja braço direito dos pecuaristas. 

Por meio de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias para resultados superiores no campo, disponibiliza ao mercado um portfólio com variados sistemas de misturas, que atendem todos os tipos de dietas e objetivos produtivos, em todos os períodos do ano. Vale lembrar que para cada tipo de dieta há um tipo de sistema de mistura ideal e a escolha da máquina dependerá por exemplo dos ingredientes que a compõem. 

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