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Horizontes da pecuária de corte no Brasil: superando desafios, explorando oportunidades

19/09/2024 | Blog | 0 comments

Hoje, o Brasil se destaca como o principal exportador de carne bovina no mundo. O crescimento constante da produção não só fortalece a posição do País no mercado global, mas também influencia os preços internacionais.

Em 2024, o Brasil continua a consolidar sua posição como o maior exportador mundial de carne bovina, com estimativas de exportação de 3,3 milhões de toneladas, representando um crescimento significativo em comparação aos anos anteriores. 

Já no primeiro semestre deste ano, o setor alcançou um resultado histórico. No acumulado do primeiro semestre de 2024, as exportações de carne bovina somaram 1,29 milhão de toneladas, um aumento de 27,3% comparado com o mesmo período de 2023 (1,019 milhão de toneladas), o que resultou em um faturamento de US$ 5,69 bilhões, aumento de 17% ante o primeiro semestre de 2023. Este valor foi superado apenas no ano de 2022, quando os resultados do primeiro semestre somaram mais de US$ 6,19 bilhões.

Esse sucesso é impulsionado pela alta demanda externa, especialmente da China, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos, que juntos representam uma parcela significativa das exportações brasileiras. A China, por exemplo, responde por aproximadamente 44% do total exportado; os Emirados Árabes Unidos importaram em média 95 mil toneladas (aumento de 238% comparado ao primeiro semestre de 2023) e os Estados Unidos registraram um aumento de 26% nas suas importações de carne bovina brasileira.

Vale destacar que atualmente os Estados Unidos enfrentam um desequilíbrio em seu mercado de pecuária devido a uma redução na produção de carne bovina, projetada para cair ainda mais no próximo ano. Isso deve abrir oportunidades para que o Brasil aumente ainda mais as suas exportações, aproveitando o déficit americano crescente.

A carne bovina in natura representou, neste mesmo período, 87,7% do volume embarcado pelo Brasil (total de 1,13 milhão de toneladas). A maior parte da carne bovina in natura exportada pelo Brasil é sem osso, representando 88% do total. Já a carne com osso ainda tem acesso limitado em alguns países, por necessidade de alterações de certificados entre os países. O maior mercado neste ano para carne com osso foi a Malásia, que comprou 2.168 toneladas, seguido por Paraguai, com 1.542 toneladas, Marrocos (905 toneladas), Angola (619 toneladas) e Cingapura (467 toneladas).

E como anda a produção de carne bovina brasileira?

A produção de carne bovina no Brasil também deve alcançar um recorde de 11,35 milhões de toneladas em 2024, o que reforça o papel do país como o segundo maior produtor global, atrás apenas dos Estados Unidos. Esse aumento na produção é alimentado pela combinação de melhorias na eficiência produtiva e investimentos contínuos no setor agropecuário.

Além disso, o Brasil se destaca no mercado global de carne bovina não apenas pela quantidade produzida, mas também pela qualidade, o que atrai mercados exigentes, como o europeu e o asiático. Essa combinação de alta produção, forte demanda internacional e capacidade de atender a padrões rigorosos de qualidade, faz do Brasil um gigante no mercado de carne bovina global​. 

Com um cenário favorável para exportações e o aumento do consumo interno, projeções futuras apontam uma consistência na formação de preços nos próximos anos.

Desafios e oportunidades 

No entanto, o cenário não é isento de desafios. A crescente competitividade de outros países produtores, como Austrália e Nova Zelândia, e possíveis flutuações na demanda chinesa devido ao aumento dos estoques de carne bovina, podem impactar os preços e a lucratividade no mercado externo.

Por isso, é crucial que o Brasil continue aprimorando a sua capacidade produtiva, ao mesmo tempo em que monitora de perto as variações nos mercados globais. Preservar a competitividade e a qualidade dos produtos será essencial para aproveitar as oportunidades de mercado e reforçar o status do país como uma potência do agronegócio mundial.

Além disso, os desafios logísticos e de infraestrutura ainda permanecem como barreiras significativas, isso porque o transporte eficiente do gado e dos produtos de carne bovina é essencial para manter a qualidade e reduzir os custos. Investimentos em infraestrutura, como estradas, ferrovias e portos, bem como em tecnologias de armazenamento e conservação, são fundamentais para superar esses entraves e melhorar a competitividade do setor. Confira outras oportunidades abaixo:  

      • Questões sanitárias: o bem-estar animal e o controle sanitário são elementos cruciais na pecuária de corte, afetando diretamente a qualidade da carne e a segurança dos alimentos. A adoção de medidas rigorosas de biosseguridade, rastreabilidade e a vigilância contínua de enfermidades serão indispensáveis para proteger os rebanhos e garantir a confiança de consumidores e parceiros comerciais;

      • Sustentabilidade e meio ambiente: a sustentabilidade assumiu uma importância central na pecuária de corte. O setor está cada vez mais comprometido com práticas que minimizem os impactos ambientais, como o uso responsável do solo, a conservação dos recursos hídricos e a diminuição da emissão de gases que contribuem para o aquecimento global, sendo também o único país produtor de carne bovina capaz de produzir um boi 100% verde. Isso atende às crescentes expectativas dos consumidores em relação a produtos de origem sustentável e se alinha às orientações de políticas públicas e privadas voltadas para a preservação ambiental.

      • Tecnologia e inovação: a tecnologia assume um papel cada vez mais importante na pecuária de corte. Soluções como inteligência artificial, análise de dados e sistemas de monitoramento estão se tornando indispensáveis para aprimorar processos e aumentar a eficiência produtiva. Essas inovações possibilitam uma gestão mais precisa do rebanho, desde o acompanhamento da saúde animal até o controle das pastagens, contribuindo para uma produção mais eficiente e sustentável.
      • Mercado internacional: o mercado internacional segue como uma área de grande potencial para a pecuária de corte brasileira em 2024. A demanda crescente por carne bovina nos mercados globais, como visto acima no texto, continua abrindo oportunidades importantes para o setor. Contudo, para aproveitar essas chances, é fundamental cumprir com os padrões globais de qualidade e segurança alimentar, além de atender às exigências de sustentabilidade e bem-estar animal.

    Assim, fica evidente que o futuro da pecuária de corte em 2024 é determinado por uma série de fatores interconectados. Custos de produção, preços de commodities, políticas governamentais e as demandas por práticas sustentáveis e inovadoras são elementos cruciais que moldam o cenário para o setor. A capacidade de se adaptar a essas dinâmicas e explorar novas oportunidades será fundamental para o sucesso da pecuária de corte no cenário global e para sua contribuição contínua para a economia brasileira.

    A Casale é parceira do produtor de gado de corte e de leite, oferecendo equipamentos inovadores que garantem a melhoria da eficiência produtiva no campo. Com tecnologia de ponta, as soluções da Casale ajudam a otimizar os processos, reduzir custos e aumentar a produtividade, permitindo que você obtenha o máximo desempenho do seu rebanho. Invista em quem entende do negócio e fortaleça sua produção com a Casale, a aliada certa para o sucesso na pecuária.

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