Como a tecnificação e a gestão profissional podem aumentar a produtividade e atrair novos sucessores no campo?
A sucessão no campo: um desafio crescente
O produtor rural brasileiro está envelhecendo. Dados do Censo Agropecuário 2017 (IBGE) mostram que a participação de agricultores com 65 anos ou mais subiu de 17,5% em 2006 para 23,2% em 2017, enquanto os com menos de 35 anos caíram de 16,9% para 11,3%.
Esse envelhecimento é acompanhado por outro fenômeno: a população nas fazendas caiu quase 9% em 11 anos, enquanto o número de tratores cresceu em cerca de 50%. Ou seja, há menos gente no campo, e mais tecnologia.
Cerca de 77% dos estabelecimentos agropecuários do Brasil são consideradas propriedades familiares, e, se os jovens não permanecerem no campo, esse modelo — que responde por boa parte da produção de alimentos — corre risco de esvaziamento.
Pesquisas indicam que a continuidade das propriedades rurais está intimamente ligada ao processo de sucessão familiar, que se determina pela passagem da propriedade, dos bens tangíveis e intangíveis, da geração mais velha para a geração mais nova.
Além disso, estudos apontam que a introdução de práticas sustentáveis e a adoção de modelos de gestão mais profissionalizados podem despertar o interesse dos jovens que buscam alinhamento com causas ambientais e sociais.
Mas o que faz os jovens ficarem ou saírem do campo?
Pesquisas da Embrapa revelam que os principais fatores que levam os jovens a deixar a atividade rural são:
- Trabalho pesado, rotina cansativa e pouco valorizada;
- Ausência de renda estável e de perspectiva de crescimento;
- Falta de acesso à tecnologia, educação e capacitação;
- Comparação com a cidade e a percepção de que a mesma oferece mais oportunidades e conforto.
Por outro lado, quando encontram um ambiente moderno no campo, com gestão estruturada, uso de ferramentas digitais, mecanização e clareza de futuro, essa nova geração tende a se engajar na sucessão familiar.
Em outras palavras: fazendas que investem em tecnologia e gestão conseguem não apenas crescer com sustentabilidade, mas também se tornar atrativas para filhos e netos, que passam a enxergar o agronegócio como um negócio moderno, inovador e conectado ao futuro.
Profissionalização que atrai sucessores e equipes
Um estudo conduzido pela Embrapa (2019) mostrou que propriedades mais tecnificadas têm maior taxa de sucessão consolidada. Isso porque o trabalho passa a incorporar:
- Decisões baseadas em dados (monitoramento de indicadores zootécnicos e econômicos);
- Automação de rotinas, reduzindo esforço físico e risco de erro;
- Planejamento e previsibilidade, que oferecem mais segurança financeira.
Esse ambiente não só retém sucessores, mas também melhora a atração e a permanência de mão de obra qualificada — um desafio cada vez maior diante do chamado “apagão de trabalhadores rurais”.
Novos modelos demandam menos pessoas, porém, com maior qualificação. Sobre os colaboradores, a lógica é simples: quem fica no campo precisa ser capaz de operar máquinas cada vez mais modernas, lidar com dados e entender processos mais complexos. Isso valoriza o trabalhador e cria um ambiente de desenvolvimento profissional.
Exemplos de onde a tecnologia faz a diferença no dia a dia:
- Alimentação de precisão e confinamento de corte com uniformidade
A nutrição representa entre 40% e 60% dos custos da produção de leite. A adoção da dieta total misturada (TMR/PMR), preparada em vagões misturadores com balança eletrônica, garante homogeneidade, melhor desempenho dos animais e previsibilidade para o gestor.
Para o time que gerencia e opera na fazenda, o trabalho fica mais leve e menos sujeito a erros. Para os jovens sucessores, os dados fornecem clareza sobre custos e resultados, facilitando decisões de negócio.
Na bovinocultura de corte, a homogeneidade na dieta reduz a variabilidade entre lotes, melhora a conversão alimentar e gera resultados consistentes. Equipamentos modernos simplificam a rotina e reduzem a dependência de grande quantidade de funcionários.
- Monitoramento inteligente da nutrição e do desempenho animal
Soluções de automação e sensores embarcados em vagões misturadores, tratores e até em colares inteligentes permitem acompanhar em tempo real o consumo dos animais, a eficiência do trato e até o bem-estar do rebanho. Esses dados ajudam a tomar decisões rápidas, reduzir desperdícios e alinhar a gestão nutricional à rentabilidade da fazenda. Para os jovens sucessores, esse tipo de tecnologia conversa diretamente com seu perfil digital e com a busca por processos mais precisos e inovadores.
Casale: tecnologia que retém sucessores e valoriza equipes
A Casale se coloca ao lado do produtor como parceira estratégica na modernização da fazenda, oferecendo soluções que tornam o dia a dia mais produtivo, sustentável e conectado à inovação — fatores que encantam os sucessores e fortalecem a equipe.
Com a Casale, o produtor vai além da eficiência e da rentabilidade: ele constrói um ambiente onde a família quer continuar no campo, preservando o legado e preparando o terreno para gerações futuras.
Porque no campo, tradição e inovação não competem — se unem. E a tecnificação é a ponte que transforma o futuro em realidade.