O bom desempenho bovino passa por uma boa mistura da ração
Entre os muitos fatores que dificultam o desempenho de bovinos destaca-se a nutrição que, quando mal realizada, é uma das responsáveis por um desempenho abaixo do esperado, tanto reprodutiva quanto produtivamente. No Brasil, uma das evidências disso é a baixa oferta qualitativa e quantitativa de alimentos e o manejo nutricional incorreto do rebanho.
O balanceamento da dieta dos animais, a formulação precisa e a homogeneidade da ração são essenciais já que não é novidade que os custos com a nutrição animal são extremamente onerosos, e podem impactar diretamente no resultado do negócio. E cá entre nós: com os últimos acontecimentos do mercado, está cada vez mais difícil “ter gordura” que arque com erros e desvios, assim, nos esbarramos naquela conhecida frase: “não dá mais para brincar em serviço”.
Pesquisas apontam, por exemplo, que na produção de leite, os custos com a dieta se enquadram entre 45% a 65% do total, sendo, por muitas vezes, fator determinante para a competitividade do negócio. De acordo com o Índice de Custos de Produção de Leite (ICPLeite), da Embrapa, embora os custos de produção englobem diversos insumos, como medicamentos, energia elétrica, mão de obra, combustíveis, entre outros, os custos com alimentação continuam sendo os mais relevantes. Na pecuária de corte, a porcentagem da nutrição nas despesas também possui similar participação.
A fim de elaborar corretamente a dieta dos animais sempre em busca do maior potencial nutritivo e mirando a melhoria no desempenho dos animais e viabilidade econômica dos sistemas produtivos de carne e leite, é intrínseco o controle de alguns pontos críticos. A correta mistura da ração está entre eles e não é à toa que os misturadores são definidos por muitos como o coração dos confinamentos.
Tanto na literatura como na prática, é notável que se os misturadores não forem capazes de realizar uma homogeneização eficiente, fica difícil garantir que todos os animais consumam as mesmas proporções dos alimentos. Assim, de nada adiantaria o produtor se “debruçar” no uso de tecnologias para resolver problemas relacionados à formulação de rações e na escolha de ingredientes de altíssima qualidade.
Vale destacar que o correto processo de mistura produz uma alimentação uniforme em um tempo mínimo, com um custo reduzido de sobrecarga, energia e trabalho. Variações entre amostras podem ser esperadas, mas uma mistura ideal apresenta uma variação ínfima na composição da dieta total. Também, vale se atentar ao tempo de mistura já que ele pode ser crítico: quando a mistura está incompleta resulta em oferecimento de dieta com apresentação inadequada no cocho (maior possibilidade de seleção de partículas), enquanto que a mistura excessiva pode causar segregação e tamanho inadequado de partículas.
Para expressarem as suas capacidades produtivas, os animais de produção demandam nutrientes em quantidade e qualidade adequada, e a má homogeneidade é capaz de:
- causar perdas econômicas por queda de desempenho dos animais;
- acidentes por sub ou superdosagem dos ingredientes;
- seleção e consumo dos ingredientes de maior aceitabilidade.
- redução da eficiência e aumento do desperdício;
- influenciar negativamente na produção de leite ou ganho de peso;
- interferir na saúde (já que eleva os danos do revestimento digestivo dos animais) e na fertilidade do plantel;
- impedir a homogeneidade do rebanho já que os animais se desenvolvem em ritmos diferentes;
- resultar em mortes por deficiências vitamínicas.
A mistura da ração e o seu impacto na saúde animal
Para quem trabalha com produção animal, o tripé saúde, genética e nutrição precisam realmente andar de mãos dadas. Pensando nisso, para que os animais sejam produtivos e realmente tragam a rentabilidade esperada, necessitam primeiramente estar saudáveis. Transtornos metabólicos como acidose, timpanismo, laminite e intoxicação podem ocorrer se houver seleção dos alimentos por parte dos animais.
Focando com mais detalhes na acidose, ela é uma situação comum em rebanhos cujo concentrado é fornecido separado do volumoso ou misturado de maneira ineficiente, promovendo uma alimentação irregular e desbalanceada. Com a alta inclusão de concentrados nas dietas de terminação de gado de corte, por exemplo, alterações na fisiologia ruminal podem ocorrer, pois dependendo do alimento, a população de microrganismos pode sofrer alterações, assim como a taxa de passagem, motilidade e velocidade de absorção dos nutrientes.
Estes fatores podem causar uma série de distúrbios metabólicos acarretando em perda de eficiência e produção dos animais, e consequentemente, prejuízos econômicos. Uma mistura completa bem feita previne flutuações no pH do ambiente ruminal, pois cada bocado consumido contém proporções de ingredientes iguais, contribuindo para eficiência de digestão dos microorganismos ruminais, principalmente com relação a síntese de proteína microbiana. Dessa forma, o animal segue com mais precisão o planejamento estipulado pelo confinamento e responde ao investimento esperado.
Em suma, a característica principal relacionada à função dos vagões misturadores é aprimorar a qualidade da dieta fornecida aos animais, garantindo que o formulado para um determinado desempenho seja aquilo que realmente está sendo fornecido. É válido e importante frisar que a aquisição de equipamentos e implementos têm – no “frigir dos ovos” – a principal função de “dar um upgrade” na produção e assim, contribuir com a redução dos custos, isso porque, é certo que quando há um maior desembolso, o incremento será diluído posteriormente pelo aumento da produtividade.
E é por essa razão que as fazendas devem focar no planejamento visando o fornecimento de alimentos, em volume e qualidade adequados. Além disso, a realização de bons investimentos na propriedade podem ser o grande salto para que o produtor consiga fechar as contas no final do mês. E não tenha dúvidas: uma mistura de ração consistente, assim como o monitoramento contínuo da qualidade e manejo na confecção da dieta, exercem grande impacto sobre a produção de carne e leite e, consequentemente, sobre a lucratividade do confinamento.. E é isso o que todos nós queremos!
Pensando nos pontos citados neste texto, acreditando sempre no futuro da pecuária brasileira e com toda a sua expertise de – nada mais, nada menos – que 59 anos, a Casale não mede esforços para trabalhar em prol de uma produção animal mais eficiente.
A Casale pesquisa e desenvolve tecnologias para resultados superiores no campo, disponibilizando ao mercado uma gama de sistemas de misturas que atenda todos os perfis de produtores. Vale lembrar que para cada tipo de dieta há um tipo de sistema de mistura ideal e a escolha da máquina dependerá por exemplo dos ingredientes que a compõem.
No sistema horizontal, a empresa aposta na TotalmixⓇ (3 roscas) e na RotormixⓇ (Rotor + 2 roscas) e no sistema vertical, na VertimixⓇ (1 ou 2 roscas). Confira abaixo algumas particularidades de cada sistema:
TotalmixⓇ: é composta por 2 roscas superiores e uma inferior inteiriças, utilizando assim toda a capacidade da caçamba. Trabalha com fibras curtas, médias e longas associadas à ração e grãos.
RotormixⓇ: é composta por rotor batedor Rotoflex-Eco e 2 roscas, combinando movimentos de tombamento e rotação. Trabalha com fibras curtas e médias (até 3 cm), grãos e concentrados.
VertimixⓇ: é composta por 1 ou 2 roscas, dependendo da capacidade do equipamento. Trabalha com qualquer tipo de volumoso em grandes quantidades, associado a silagem e concentrado.
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