Sustentabilidade. Quer palavra mais atual do que essa? Além de refletir sobre os benefícios que ela proporciona ao meio ambiente e às questões climáticas, é fundamental saber quais são as ações e manejos no dia a dia que fazem parte das “escadas dessa subida”, que, cá entre nós, é um caminho sem volta.
O fato é que a bovinocultura brasileira está diante de uma oportunidade de crescimento dado ao desafio de alimentar a população mundial com menores impactos aos recursos ambientais. Mas é preciso elevar o nível de conscientização dos atores da cadeia a fim de reconhecer os benefícios e avanços do setor.
Também, não é novidade que pesquisadores do mundo todo se debruçam dia após dia em novas explorações sobre medidas sustentáveis destinadas à agropecuária. As estratégias para reduzir impactos nesse âmbito exigem soluções inovadoras e integradas que beneficiem simultaneamente várias partes da sociedade e minimizem o conflito potencial entre os valores econômicos, de produção de alimentos e ambientais.
E como a nutrição animal se relaciona às medidas sustentáveis?
Caminhando a passos largos e, para aumentar a competitividade da pecuária, nas últimas décadas foram adotadas práticas de manejo mais sustentáveis, tais como a recuperação de pastagens degradadas, confinamento e semiconfinamento inteligentes, adubação de pastagens, produção de novilho precoce, uso dos sistemas intensivos e integrações (ILP, ILPF), entre outros.
Estudos inclusive apontam que os sistemas produtivos intensivos, tanto na pecuária de leite como na de corte, com mais tecnologias, demandam menos áreas de pastagem para o mesmo volume de produção, liberando terra para produção agrícola ou sistemas integrados, estes, que já se provaram rentáveis e lucrativos.
E quando extrapolamos e detalhamos a nutrição bovina nesse contexto, há muito o que ser discutido. Quando pensamos na ração total misturada (RTM) ela passa a ser uma opção rumo à sustentabilidade pelos mais variados motivos. Vamos a alguns deles:
- Melhor balanceamento nutricional: a RTM permite uma melhor formulação da dieta, possibilitando um balanceamento mais adequado dos nutrientes. Isso evita deficiências ou excesso dos mesmos, o que contribui para um melhor aproveitamento dos alimentos, otimizando a eficiência da produção animal. Evitar o estresse resultante das flutuações na dieta oferecida aos animais permite maior produtividade e consequentemente, melhor viabilidade econômica.
- Redução do ciclo: o uso dos misturadores de ração permite que o produtor adote técnicas de produção animal que viabilizem maior sustentabilidade para a cadeia, afinal, em casos de bovinos de corte, quando se reduz o ciclo (amparado por uma dieta equilibrada), a produção ocorre em menos tempo e em menor área.
Assim, com o apoio de alimentos de maior qualidade e digestibilidade, também é observada a redução na emissão de gases de efeito estufa (GEE), afinal, ingredientes e corretas proporções utilizadas na formulação das dietas podem ser ferramentas na mitigação do metano ruminal.
- Estabilidade do pH ruminal: o pH ruminal é influenciado pela fermentação dos alimentos no rúmen. Com a RTM, a fermentação no rúmen ocorre de maneira mais equilibrada já que a dieta é disponibilizada de maneira mais balanceada. Visto que o ambiente ruminal é sensível a mudanças abruptas na dieta, uma mistura homogênea auxilia na manutenção da estabilidade do pH ruminal, evitando distúrbios ruminais, como a acidose.
Animais mais saudáveis vivem em condições mais favoráveis de conforto, dentro dos padrões de bem-estar animal (BEA) e demandam menor quantidade de medicamentos, fortalecendo uma produção animal mais ética e responsável. Vale destacar que os consumidores estão cada vez mais preocupados e atentos à rastreabilidade dos animais, desde sua criação até o prato, fato que reflete na escolha dos alimentos nas gôndolas do supermercado. O BEA conversa com modelos sustentáveis e que priorizam uma visão atual e de futuro.
- Menor desperdício e melhora na ingestão dos alimentos: com a RTM, os alimentos são fornecidos na proporção correta, evitando o comportamento seletivo dos animais (estes, que podem escolher apenas os alimentos mais palatáveis e deixar de consumir os demais). Com os misturadores de ração, se reduz a diferença existente entre a ração formulada e a fornecida aos animais.
Assim, há um menor desperdício de alimentos e uma maior ingestão de nutrientes, o que contribui para um maior desempenho animal, que – como abordado anteriormente neste artigo – é uma estratégia que favorece a redução de emissão de GEE pelos bovinos. É importante frisar que a produção de metano, além de depender da quantidade e qualidade de alimentos ingeridos, também sofre influências relacionadas às condições gerais de criação.
- Melhor controle da ingestão de nutrientes: com a RTM, é possível ter um melhor controle da quantidade e qualidade dos nutrientes fornecidos aos animais. Isso permite ajustes mais precisos na dieta, de acordo com as necessidades do rebanho e do momento de produção, resultando em uma melhor eficiência alimentar e aproveitamento dos recursos.
- Redução do impacto ambiental: além dos pontos citados acima, também é possível notar redução na demanda de recursos naturais (como água e terras agrícolas) e uma menor geração de resíduos. Isso favorece a sustentabilidade da produção animal e reduz o impacto ambiental, ainda mais, quando se pensa em “adendos” como tratar adequadamente esses resíduos, como o esterco, para serem utilizados como fertilizante orgânico. Isso contribui com a saúde do solo e promove a circularidade dos nutrientes.
A Casale, por meio do seu portfólio de máquinas agrícolas, atua em uma pecuária moderna e eficiente sempre focada em inovar para alimentar vidas de forma sustentável, com maior qualidade e menor custo. Por essa razão, realiza constantes investimentos em tecnologias de ponta a fim de obter melhores desempenhos, mais eficiência e extrema confiança operacional dos seus misturadores de ração.
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