Mesmo enfrentando diversos desafios, a produção de leite, baseado em inúmeras pesquisas, mostra-se atualmente como uma atividade lucrativa quando realizada em larga escala.
O recente relatório do MilkPoint, que mapeia os 100 maiores produtores de leite do país, vai além de um simples ranking. Mergulhando nos dados, são encontradas valiosas informações sobre a indústria leiteira brasileira, como planejamento das fazendas no longo prazo e o caminho que vêm seguindo.
Apetite insaciável por crescimento
Na vanguarda do setor, os produtores Top 100 demonstram um apetite insaciável por expansão. Mais da metade (42%) almeja um aumento de 20% a 50% em sua produção nos próximos três anos, enquanto 39% vislumbra um crescimento de até 20%. Apenas 5% cogitam uma expansão superior a 50%, enquanto 14% preferem manter o ritmo atual.
Esse ímpeto por crescimento, à primeira vista paradoxal em um cenário de rentabilidade em declínio (64% dos produtores relataram queda em 2023 [principalmente pelo menor valor recebido pelo litro do leite, mesmo com a redução nos custos produtivos]), se enraíza em dois aspectos de acordo com a pesquisa:
- o primeiro é que, em geral, são propriedades com alto investimento feito e que trabalham com um planejamento de longo prazo, em que um ano pior não é suficiente para mudar a estratégia de longo prazo;
- o segundo é que embora a rentabilidade tenha diminuído no último ano, o retorno em geral ainda permanece suficientemente favorável a ponto de muitos quererem ainda aumentar a produção.
Assim, acompanhar o movimento dos maiores produtores de leite reforça que a resiliência e a visão de futuro dos mesmos servem como um farol para todo o setor. A aposta no crescimento, mesmo em meio a desafios, demonstra a confiança no potencial da indústria leiteira brasileira.
Que lições podemos tirar disso?
Mesmo enfrentando diversos desafios, a produção de leite, baseado em inúmeras pesquisas, mostra-se atualmente como uma atividade lucrativa quando realizada em larga escala. Apesar das flutuações do mercado, para muitos produtores do Top 100, a estabilidade e a rentabilidade permanecem sólidas devido ao volume produzido.
O crescimento das grandes propriedades e a maior produtividade por animal compensam a saída de alguns produtores do setor. Não é por acaso que cerca de 2% das fazendas em operação no Brasil são responsáveis por 30% de toda a produção de leite no país.
Essa informação vai ao encontro com as características das propriedades leiteiras dos 100 maiores, já que a grande maioria permanece em regime de confinamento, com ausência total ou praticamente nulo acesso às pastagens (84%). Com relação ao restante, 7% das propriedades adotam predominantemente um sistema baseado em pastagens (metade do ano ou o ano todo) e 9%, acesso eventual (durante bem menos que a metade do ano, ou, uso de feno e/ou silagem como principal volumoso apesar de ter acesso a pastagem).
E como isso afeta ainda mais o setor leiteiro?
Atualmente, o conceito de “safra do leite” é menos acentuado do que no passado, e um dos principais motivos é o aumento da produção de leite em sistemas de confinamento. As vacas mantidas nesses sistemas estão menos sujeitas às condições climáticas adversas, resultando em uma produção de leite mais constante ao longo do ano, em comparação aos sistemas de pasto que predominavam recentemente.
Com a crescente participação do leite de confinamento na oferta total do mercado, a produção total de leite se tornou mais estável ao longo do ano. Embora a sazonalidade do leite ainda exista, sua manifestação é muito menos pronunciada atualmente.
Um dos efeitos dessa maior estabilidade é a possível redução da volatilidade dos preços ao longo do ano, no médio prazo.
E onde a Ração Total Misturada (RTM) entra nesta conversa?
Antes de tudo, é imprescindível reforçar que os custos com alimentação de vacas leiteiras representam cerca de 50% a 60% dos custos totais de produção na pecuária leiteira.
E em cima do contexto apresentado neste material, são necessários investimentos em tecnologias destinadas à dieta das vacas no contexto econômico da produção de leite pela influência direta das mesmas na eficiência e na rentabilidade das operações leiteiras. Para ter escala e manter um padrão na dieta dos animais, a fazenda que opta pelo confinamento – além de sofrer menos com as intempéries – potencializa o seu negócio sendo adepta a tecnologias de ponta para atravessar momentos desafiadores.
A RTM, por exemplo, desempenha um papel fundamental na produção de leite em confinamentos de bovinos leiteiros. A tecnologia envolve a combinação precisa de ingredientes em proporções específicas e a utilização dos misturadores de ração assegura que cada animal receba uma alimentação homogênea e completa, promovendo uma ingestão adequada de nutrientes essenciais para a saúde, bem-estar e produção leiteira. Os equipamentos são braços chave para maximizar a eficiência alimentar e a produção de leite por vaca, essencial para melhores margens e para sustentabilidade do negócio, itens estes que guiam os produtores atuais na permanência da atividade e reduzem problemas de saúde relacionados à nutrição inadequada.
Os misturadores de ração da Casale, pioneira na tecnologia no Brasil, são projetados para evoluir junto a todo esse processo do futuro do leite apresentado neste artigo, operando de maneira eficiente e garantindo uma mistura uniforme e completa da dieta, o que minimiza desperdícios e otimiza o uso dos recursos disponíveis. Isso não apenas melhora a eficiência operacional da fazenda, mas também reduz custos a longo prazo ao maximizar a produtividade por animal.
Em resumo, a adoção da RTM com o uso de misturadores de ração da Casale representa um investimento estratégico para produtores de leite em confinamento, principalmente quando faz-se a conta de valor de investimento do equipamento por litro de leite ao longo de X anos (de acordo com a realidade da fazenda). Essa prática não apenas melhora a saúde e o desempenho dos animais, mas também contribui significativamente para o sucesso econômico e sustentável da atividade leiteira moderna, que tem sede por inovações tecnológicas e escala.
A Casale pesquisa e desenvolve tecnologias para resultados superiores no campo, disponibilizando ao mercado uma gama de sistemas de misturas que atenda todos os perfis de produtores. Vale lembrar que para cada tipo de dieta há um tipo de sistema de mistura ideal e a escolha da máquina dependerá por exemplo dos ingredientes que a compõem. E para dúvidas e qualquer outra consideração, entre em contato com a nossa equipe de especialistas!